segunda-feira, 18 de abril de 2011

Publicidade Infantil

Problema que afeta nossas crianças e nem sempre percebemos!




A criança é sendo vulneravel, por estar ainda em processo de desenvolvimento bio-fisico e psíquico. Não possui capacidade das habilidades necessária para interpretar situações crítica dos inúmeros apelos mercadológicos que lhe são especialmente dirigidos.


Esta pratica deveria ser enviadas aos pais, responsáveis pela criança, pois este sim possui o poder de decidir sobre as necessidades da criança.


A Publicidade voltada a criança contribui para disseminação de valores materialistas e para o aumento de problemas sociais, como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, violência pela apropriação indevida de produtos e alcoolismo precoce.


Outubro mês das Crianças, época na qual os produtos destinados ao público infanto-juvenil invadem os meios de comunicação por meio de propagandas coloridas e personagens cativantes, um projeto de lei concebido pelo deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) está movimentando a Câmara dos Deputados em Brasília.


De acordo com a proposta, qualquer publicidade destinada a crianças de até 12 anos de idade será considerada abusiva, independente do horário ou do meio comunicativo usado para a veiculação. O PL 5.921/2000 deveria ter sido votado no último dia 30, mas foi adiado pelos integrantes da comissão com a justificativa de que não houve um acordo acerca da composição de um texto alternativo ao PL original.


Desde 2001 tramitando na Câmara, o projeto pode significar um avanço expressivo na proteção dos direitos da infância.                                                                                     


Além de proibir a publicidade para crianças, o substitutivo veda a comunicação mercadológica dirigida ao público infantil, como anúncios impressos, comerciais televisivos, spots de rádio, banners, sites na internet, embalagens, promoções e merchandising. O texto define como “publicidade voltada à criança” aquela que se utiliza de linguagem infantil, efeitos especiais e excesso de cores, trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por vozes de crianças, pessoas ou celebridades com apelo ao músico infantil, bonecos e promoção com distribuição de prêmios ou brindes colecionáveis.


Também fica proibida a participação de elenco infantil em qualquer espécie de publicidade ou comunicação mercadológica, à exceção das campanhas de utilidade pública referentes a informações sobre temas relativos ao desenvolvimento da criança.

Organizações e entidades da sociedade civil que desenvolvem atividades ligadas à defesa dos direitos da infância e adolescência reafirmaram a importância da aprovação do projeto através de um manifesto que será entregue aos deputados das Comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC) para que se comprometam com a infância brasileira e efetivamente promovam o fim da publicidade e da comunicação mercadológica voltada ao público menor de doze anos de idade.


Foi divulgado pela revista crescer em Abril/2011 que as crianças entre um desenho e outro, os anúncios de brinquedos, doces repletos de açúcar estimulam as crianças a criarem um comportamento abusivo, o que conseqüentemente formará futuros adultos consumistas.


Nós últimos meses projetos de leis estão sendo criados para a proibição da propaganda destinada ao publico infantil e por restrições à promoção de alimentos com baixo valor nutricional, a falta de clareza existente até mesmo nas embalagens de alimentos esta deixando os pais confusos.


De um lado, há os que defendem a proibição de qualquer tipo de publicidade dirigida às crianças, seja na televisão, na internet ou nos meios impressos. A justificativa? A vulnerabilidade das crianças a estes anúncios e o crescimento exagerado da obesidade infantil, provocada pelo consumo de alimentos com alto teor de gordura ou açúcar.


Do outro lado da discussão, há os que vêem a proibição da propaganda como uma forma de coibir a comunicação. Dalton Pastore, presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP), afirma que a solução para controlar o consumismo infantil é a educação, e não a restrição. "Se pensarmos que o problema está na exposição dos produtos, deveríamos proibir até mesmo as vitrines. Nossos filhos não podem viver em uma redoma. A solução para controlar o consumismo exagerado das crianças está na conversa com os pais, na educação", diz.